sexta-feira, 27 de julho de 2012

Portugal é obstáculo no entendimento entre CEDEAO e CPLP

Portugal e CEDEAO colidem na ONU por causa de Bissau
Fonte: Sol
Portugal e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) trocaram hoje críticas no Conselho de Segurança da ONU sobre a Guiné-Bissau, com o bloco africano a qualificar o regresso das autoridades depostas como "exigência impossível" da CPLP.

A troca de argumentos foi protagonizada pelo representante permanente de Portugal na ONU e pelo seu homólogo da Costa do Marfim, em representação da CEDEAO, numa reunião do Conselho de Segurança em que Brasil e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pediram a realização de uma conferência internacional de alto nível sobre a Guiné-Bissau.

Youssoufou Bamba, embaixador costa-marfinense, afirmou que o "processo de transição" no país está a ser dificultado pela "facção pró-Carlos Gomes Júnior do PAIGC", o maior partido guineense, com "apoiantes internacionais", apesar dos esforços do governo saído do golpe de Abril para "alcançar a inclusão e consenso".

O "novo ambiente" em Bissau, adiantou, é de "paz política, segurança e estabilidade, em vez do caos e anarquia e outras formas de desinformação propaladas por alguma comunicação social", enquanto a paralisada Assembleia Nacional "espera-se que volte a funcionar em breve".
Isto deveu-se aos "esforços incansáveis da CEDEAO para encorajar o diálogo" e a comunidade internacional "não deve precipitar-se em julgamentos, mas permitir que os actores dialoguem entre si", defendeu.

Bamba lamentou que "alguns países", caso de Portugal, "persistam na sua recusa em reconhecer e lidar com o governo de transição" e criticou que a "facção dura do PAIGC e figuras internacionais" continuem a apoiar Carlos Gomes Júnior e insistam na "impossível exigência de reposição do governo deposto".

A CEDEAO, disse, lamenta que o presidente deposto Raimundo Pereira tenha sido convidado a participar na cimeira da CPLP de 20 de Julho.

A próxima reunião do grupo internacional de contacto para a Guiné-Bissau deverá ter lugar em Setembro, à margem da Assembleia Geral da ONU, mas a CEDEAO está a qualquer altura "pronta a viajar para Lisboa" para ter uma "discussão franca e aberta com a CPLP" para a comunidade internacional finalmente "falar a uma só voz", adiantou.

O embaixador português na ONU, Moraes Cabral, não previa falar no 'briefing' mas acabou por pedir a palavra para apontar erros na intervenção da CEDEAO, sublinhando que o PAIGC não faz parte do governo de transição e que alguns elementos que o integram "há muito tempo que não têm nenhuma ligação" ao partido.

Disse ainda ser "uma falta de elegância" chamar "facção Carlos Gomes Júnior" a um grupo de parlamentares do PAIGC que representa "dois terços do parlamento".
Os parceiros internacionais, adiantou, vão continuar a refrear a sua ligação à Guiné-Bissau até haver um plano para "uma transição política credível"Moraes Cabral rejeitou ainda a descrição de "normalização da vida" no país, apontando para o "aumento actividade criminosa e tráfico de droga", relatado pelo representante da ONU, Joseph Mutaboba.
No seu último relatório sobre a Guiné-Bissau, o secretário geral da ONU afirma que o narcotráfico está em crescendo desde o golpe de Estado de 12 de abril e que a situação humanitária degradou-se, exigindo resposta mais firme da comunidade internacional.

Mutaboba sublinhou hoje a necessidade da CEDEAO e da CPLP, em articulação com a União Europeia e a União Africana, ultrapassarem as divergências existentes e chegarem a uma posição comum.

"Os parceiros têm de chegar a uma posição comum sobre como assistir o país no restabelecimento total da ordem constitucional. O tempo é essencial, são precisos passos concretos", disse Mutaboba.

António Gumende, embaixador de Moçambique na ONU e representante da CPLP na reunião, e Maria Luiza Viotti, embaixadora do Brasil que preside à Comissão de Consolidação da Paz para a Guiné-Bissau, apontaram ambos para uma degradação da situação geral no país desde o golpe de Estado. Gumende e Viotti apelaram ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que convoque uma reunião internacional de alto nível com os principais parceiros, com objectivo de delinear uma "estratégia conjunta para restaurar a ordem constitucional na Guiné-Bissau"

Ordidja-notando

Portugal é obstáculo no entendimento entre CEDEAO e CPLP

Deixei de utilizar neste espaço de notas comentadas, o título Nota Ordidja, porque os “macacos de imitação” são chatérimos. Comecei a usar na margem esquerda notícias relacionadas com a Guiné-Bissau, o copianço foi geral. Inaugurei fazer notas comentadas de notícias e, vejo “chicos espertos” há curtirem a onda e a entrarem na ideia de mancinho. Mau, mau...

Desculpem o desabafo, e passemos ao comentário da notícia do post:

Será que o leitor é tão esmiuçador quanto o amigo aqui, que achou sensacional e sinais claros de rendição, a passagem da intervenção do embaixador português na ONU, Moraes Cabral, que rematou a necessidade de “um plano para uma transição política credível"?

Ahhhhh, seus imbeciliados pelos vírus “chicotadas & portas”.  Finalmente deram conta que a imposição do cenário 11 de abril, como condição sine qua non era e tem sido a mais bela e romântica ilusão inventada, para solucionar a recente crise política guineense. Nos últimos tempos, desconheço tamanha criatividade, para resolução de conflito dessa natureza na CPLP. Salvo o engano, na década passada em São Tomé e Príncipe, houve uma simulação de Golpe de Estado em que o presidente foi reposto. Vagamente, mas lembro-me que páginas tantas, os militares são-tomenses tiveram medo dos seus colegas nigerianos, e devolveram o Poder ao Fradique de Menezes. Senhores, Guiné-Bissau é uma coisa e São Tomé e Príncipe é outra!   

Por isso estou de acordo, com a tese do Governo de Transição guineense, quando sublinhou que a CPLP “está num beco sem saída”. E isso é obvio e enquanto estiverem manietados ou manipulados pelos planos belicitas e neocoloniais do MNE português Portas e do MRE angolano Chicote, o beco estará ainda mais reconhecido. Réstia dessa frustração foi manifestada e é latente na atitude petulante que, sem direito a palavra, o embaixador português quis responder em nome da CPLP confessando de antemão que “não previa falar no 'briefing' mas acabou por pedir a palavra para apontar erros na intervenção” do colega marfinense, disparando para todos os sentidos, disparates e alucinações.

Caro leitor nota-se que chegou ao fim, a novela dos falsos democratas e admira-me esse vosso silêncio olimpicamente mantido, perante o presumível assassinato do deputado Roberto Ferreira Cacheu. Espanta-me mais ainda, a cumplicidade assassina dos deputados do PAIGC, que até então não se lhes escutou um ui, perante provável eliminação física, de um colega de bancada. Isso é vergonhoso!!!

Epá, o politicamente correto não aceita hoje em dia chamar “os bois pelos nomes”. Mas que apetece chama-los, lá isso apetece! Alias é “uma falta de elegância” para os falidos na argumentação da tese do “retorno a ordem constitucional” mostrar que a CPLP é, e tem sido o verdadeiro elemento perturbador da Paz política guineense atualmente, e campeã antidemocrática do momento recusando até então de forma cega e ridícula a via do diálogo que é pedra angular da cultura democrática.   

Mas escuso-me a tal serviço, não vou bater mais no ceguinho CPLP do Cadoguismo desacertado, desenquadrado e derrotado até porque, embora pouco explorado pelo jornalista redator da notícia suprapostada, adorei o posicionamento conciliador e inclusivo da nova Presidência da CPLP. Moçambique em uníssono com o Brasil, apelou mais uma vez ao diálogo, ambos sugerem a convocação de “uma reunião internacional de alto nível” com os verdadeiros parceiros de Desenvolvimento da Guiné-Bissau. O embaixador de Moçambique na ONU António Gumende, com direito a palavra e, representando de jure e fato à CPLP na reunião, rejeitou o Fado melancólico do tuga, aliando-se ao Samba alegre e feliz do brasileiro. Gumende e Maria Luiza Viotti, embaixadora do Brasil que preside à Comissão de Consolidação da Paz para a Guiné-Bissau, deram um show de Diplomacia, privilegiando o DIÁLOGO ao invés da VIOLÊNCIA.

E isso caríssimo leitor, realimenta a esperança daqueles que acreditam numa Guiné-Bissau feliz, reconciliado com os seus filhos e com um futuro de PAZ.

Atenção: O jornal português “Expresso” noticia hoje que a CEDEAO está dividida em relação à Guiné-Bissau, esquecendo-se de olhar para o quintal da CPLP...Cínicos!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Portugal viola regra e vende armas clandestinamente à Guiné-Bissau


Portugal viola regras da UE na exportação de armas e munições, denuncia Ana Gomes

Fonte: PTJornal

Portugal desrespeitou as regras da União Europeia (UE) na exportação de armas para Guiné-Bissau, denuncia a eurodeputada Ana Gomes em declarações ao i. Desde 2009, Portugal vendeu 684 mil euros em armas e munições para Guiné-Bissau, o que não está conforme o acordo europeu.

Portugal desrespeitou os acordos internacionais estabelecidos, no que diz respeito à exportações de armas e munições. Desde 2009, o país exportou para Guiné-Bissau 684 mil euros em armamento e munições, o que desrespeita as regras vinculativas, em vigor desde 2008.

A denúncia parte da eurodeputada socialista Ana Gomes, que lembrou, em declarações ao jornal i, o compromisso de Portugal, assumido com a UE, de suspender as vendas deste tipo de materiais a países que estejam em risco de conflito social.
Portugal exportou, segundo indicadores do Instituto Nacional de Estatística, 14 milhões de euros em armas e munições até ao passado mês de maio, o que representa 0,07 por cento do total das exportações nacionais.

No que diz respeito ao armamento, as vendas para Guiné Bissau continuaram a efetuar-se. O setor das armas continua a exportar para outros países como EUA, Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Ordidja-notando

Coincidência ou não no mesmo ano 2009, explodiu uma BOMBA no Quartel General das Forças Armadas, ceifando a vida do então Chefe de Estado Maior Batista Tagne Na Waie.

Só faltou ver na imprensa portuguesa sobre o assunto, um lead ousado como este:

Portugal vende armas e munições clandestinamente à Guiné-Bissau! 
E a BOMBA?    

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Roberto Cacheu

Deputado Roberto Ferreira CACHEU
Por: Geraldo Martins*

A sociedade guineense está em estado de choque. Como uma tempestade inesperada, a notícia do presumível assassinato de Roberto Cacheu veio abalar todos os pilares da nossa consciência colectiva. Assassinar barbaramente um adversário político é um crime hediondo; deixar os familiares e amigos na ignorância durante seis meses, é uma atitude inqualificável. Como chegamos a isto?

Não pertenço ao círculo de pessoas que mais conhecem o Roberto, mas das poucas vezes que conversei com ele, vi diante de mim um homem extremamente cortês e elegante, que sabia discutir, e forçava o respeito, mesmo quando discordávamos das suas ideias. Precisamente, qualidades que tanta falta fazem na política guineense. Essa elegância, foi a minha primeira impressão dele, e aquela que certamente vou guardar pelo resto da minha vida; uma marca indelével de respeito e de simpatia que nos seduz e nos sossega. De modo que, quando soube do sucedido, dois fios de lágrima soltaram dos meus olhos e um tornado de emoções estremeceu o meu corpo.

Não sei porquê, mas cresce em mim o pressentimento de que estamos no fim de uma era, uma espécie de passagem do paleolítico para o neolítico da política, em que os guineenses, caídos, vão começar a levantar-se do chão, a erguer-se com dignidade, e a libertar-se do pesadelo que nos verga e nos oprime com um magestismo sufocante.... Roberto Cacheu!!!!    

*Geraldo Martins - guineense, ex-ministro da Educação Nacional, Cultura e Desporto  e especialista em Desenvolvimento Humano no Banco Mundial


Ordidja-notando

Não consegui conter as lágrimas! Até hoje, a incredulidade tem amainado cada impulso  para escrever algo sobre Roberto Cacheu. Agradeço ao ilustre irmão e compatriota Geraldo Martins, por mais esta majestosa colaboração e partilha. 

Agradeço a sua coragem, ao tocar de forma acertada, com cada letra que compõem cada palavra neste texto os corações de homens de Paz e de boa vontade. Objetivo e frontal, neste momento como diz e bem, de forte abalo de "todos os pilares da nossa consciência coletiva" e da nossa guineendade. Que ambição política ou intolerância democrática tem o direito de: provocar tanta dor e tristeza as viúvas, aos órfãos, aos familiares e toda família guineense? 

Como vamos ultrapassar mais esta monstruosidade, traição e cobardia, contra um irmão mais-velho, amigo e camarada?

COMO?

terça-feira, 24 de julho de 2012

Faleceu o PR de Ghana


PR John Atta Mills
No cargo desde 2009, líder sofria de câncer na garganta e morreu em Accra aos 68 anos

O presidente de Gana, John Atta Mills, morreu nesta terça-feira, aos 68 anos, na capital do país, Accra. Um comunicado de seu gabinete afirmou que Mills, que sofria de um câncer na garganta, morreu pouco depois de ser levado ao hospital, sem dar detalhes.
“É com o coração pesado que anunciamos a morte repentina do presidente da República de Gana”, disse o comunicado. O vice-presidente John Dramani Mahama assumirá o cargo.

Mills estava no cargo desde 2009, após uma vitória apertada sobre Nana Akufo-Addo, candidato do partido que estava no poder até então, o Novo Partido Democrático. Ele tentaria a reeleição este ano.

Um assessor presidencial ouvido pela agência Reuters disse que o presidente reclamou de dores na tarde de segunda-feira. Recentemente ele tinha viajado aos Estados Unidos para passar por exames.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Dissidente cubano Oswaldo Payá morre em acidente de trânsito

Oswaldo Payá


O opositor cubano Oswaldo Payá, um dos mais destacados líderes da dissidência interna da ilha, morreu neste domingo em consequência de um acidente de trânsito na província oriental de Granma, informaram diversas fontes.

Uma funcionária do hospital Carlos Manuel de Céspedes da cidade de Bayamo confirmou à agência Efe por telefone a morte de Payá, informada também no Twitter pela blogueira crítica ao regime cubano Yoani Sánchez e pelo internauta governista conhecido como Yohandry. Além disso, um porta-voz do Arcebispado de Havana disse à Efe que o cardeal cubano Jaime Ortega falou esta tarde com a esposa de Payá, que lhe confirmou a notícia.
As diversas fontes consultadas pela Efe explicaram que Payá morreu após um acidente de trânsito que sofreu nas proximidades da cidade de Bayamo o veículo no qual viajava com outras três pessoas. Oswaldo Payá, de 60 anos, era o líder do Movimento Cristão Libertação e um dos mais destacados membros da dissidência interna de Cuba.

Foi o promotor do chamado "Projeto Varela", que apresentou no parlamento cubano em 2002 com o aval de milhares de assinaturas e no qual propunha um referendo para uma transição democrática e pacífica na ilha.

Em outubro de 2002, o Parlamento Europeu lhe outorgou o prêmio Sajarov para os Direitos Humanos e a Liberdade de Pensamento, em reconhecimento a sua luta pacífica a favor da transição à democracia em Cuba.

sábado, 21 de julho de 2012

Mais uma conquista...

Click na imagem para ler os poemas
Conheci a cantora Monycah Ramos e o marido Marcelo, precisamente no lançamento do livro "Palavras Suspensas" do amigo, irmão mais-velho e camarada Francisco Conduto de Pina. Um casal simpático, que durante a conversa, aceitaram o meu desafio em musicar um dos poemas do livro. Mas como poderá ver o leitor eles foram mais longe e invés de um poema musicaram dois. O álbum CD, que teve apoio cultural da Embaixada da Rep. Guiné-Bissau no Brasil, já está pronto e preparam-se os últimos retoques para o lançamento. E espero que seja o primeiro de muitos! A CULTURA é a alma do POVO e a cultura brasileira e guineense estão entrelaçando cada vez mais!!!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

ONDE ESTÁ?

Roberto Ferreira CACHEU

segunda-feira, 16 de julho de 2012

UA vai ser liderada por uma MULHER

Ex-Comissario Jean Ping e a Comissária eleita Nkosazana Dlamini-Zuma

Fonte: BBC Brasil

Mulher liderará União Africana pela primeira vez na História

Uma mulher presidirá a União Africana (UA), bloco político e econômico que reúne 53 países do continente, pela primeira vez a partir desta semana.
Nkosazana Dlamini-Zuma, da África do Sul, foi eleita secretária-geral da UA, derrotando o incumbente Jean Ping, do Gabão, que tentava a reeleição. Em janeiro, nenhum dos dois havia conseguido a maioria de dois terços dos votos entre as nações africanas, levando Ping a exercer um período adicional de seis meses no cargo.

A nova líder regional é ex-mulher do presidente sul-africano Jacob Zuma e uma das ministras há mais tempo no cargo em seu país. Analistas indicam que sua candidature quebra uma tradição extra-oficial do continente que costuma evitar membros dos grandes países africanos no posto de liderança do bloco.
Além dos objetivos permanentes de promover a paz e a segurança, além de avançar o progresso social e econômico, a agenda da UA inclui atualmente um incentivo ao comércio intra-africano, a instabilidade política no Mali, a crescente violência na República Democrática do Congo e a tensão entre o Sudão e o Sudão do Sul.
Ordidja –notando

Quem é Nkosazana Dlamini-Zuma

Nkosazana Clarice Dlamini-Zuma nasceu na África do Sul à 27 de Janeiro de 1949 em Natal, é mais velha de oito irmãos. Mãe de quatro filhos (4) é divorciada do atual presidente sul-africano, Jacob Zuma. Doutorada em Medicina, foi galardoada com Doutora Honoris Causa por duas Universidades por onde estudou: Universidade de Natal (África do Sul) e a Universidade de Bristol (Reino Unido).

Ativista política de peso esteve na linha da frente, durante a LUTA contra o regime racial,  Apartheid, é membro Executivo do partido ANC e, foi convidada a dirigir o Ministério da Saúde entre 1994-1999, pelo PR Nelson Mandela.

De 1999 sob presidência de Thabo Mbeki, assume durante 10 anos, o cargo de Ministra dos Negócios Estrangeiros, deixando a pasta em 10 de Maio de 2009. Por razões familiares recusa o convite ao cargo de Vice-presidência da África do Sul feito pelo então PR Mbeki.

Desde Maio de 2009, já sob presidência do ex-marido PR Jacob Zuma, lidera o Ministério da Administração Interna sob lema “acabar com a preguiça e a corrupção”. Em Janeiro deste ano apresentou a candidatura para liderança da Comissão da União Africana.

Domingo 15 de Julho de 2012, Nkosazana Dlamini-Zuma foi eleita Presidenta, pela Comissão da União Africana. Fazendo dela a primeira mulher a liderar a Organização.
Uma verdadeira DAMA DE OURO, para um continente com mostras claras de PROGRESSO!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Viúva de Arafat abrirá processo para investigar morte do marido

Fonte: Reuters
A viúva de Yasser Arafat vai entrar com um processo judicial na França pela inexplicável morte do líder palestino oito anos atrás, depois de uma reportagem sugerir que ele pode ter sido envenenado, disse seu advogado nesta terça-feira. Alegações de jogo sujo durante muito tempo cercaram a morte de Arafat, em novembro de 2004, depois que médicos franceses que trataram dele em seus últimos dias disseram que não foi possível estabelecer a causa da morte.

A controvérsia foi reacendida por uma reportagem da Al Jazeera na semana passada em que o Instituto de Rafiofísica Suíço afirmou ter encontrado níveis "surpreendentemente" elevados de polônio-210 nas roupas de Arafat -a mesma substância usada para matar o ex-espião russo Alexander Litvinenko em Londres, em 2006. O instituto suíço disse, no entanto, que os sintomas descritos em relatórios médicos do presidente palestino não eram consistentes com o agente radioativo.

"Madame Arafat espera que as autoridades sejam capazes de estabelecer as circunstâncias exatas da morte do marido e descobrir a verdade, para que a justiça possa ser feita", declarou o advogado Pierre-Olivier Sud em um comunicado. A natureza exata da reclamação legal da viúva de Arafat, Suha, de 48 anos, ainda não foi determinada, mas espera-se que seja apresentada antes do final deste mês, disse o advogado.
O processo seria aberto contra uma pessoa ou pessoas desconhecidas, explicou o advogado no comunicado.

A Autoridade Palestina concordou na semana passada com um pedido de Suha Arafat -que vive em Malta e na França- para exumar o corpo do marido de um mausoléu de pedra calcária na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, para uma autópsia. "Eu quero que o mundo saiba a verdade sobre o assassinato de Yasser Arafat", disse Suha Arafat à Al Jazeera, sem fazer qualquer acusação direta, mas observando que tanto Israel quanto os Estados Unidos o viam como um obstáculo à paz.

No fim de semana, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, reuniu-se com o presidente francês, François Hollande, e pediu-lhe ajuda para formar uma comissão internacional de investigação através do Conselho de Segurança da ONU, disse o negociador-chefe palestino Saeb Erekat à Al Jazeera.
Confinado por Israel ao seu quartel-general em Ramallah durante três anos, Arafat sofreu um colapso em outubro de 2004. Parecendo magro e fraco, ele foi levado de helicóptero para um hospital militar na França, onde entrou em coma e morreu em 11 de novembro de 2004.

Rumores circularam que ele havia morrido de qualquer coisa desde câncer de estômago a envenenamento e Aids. As autoridades francesas, citando leis de privacidade, recusaram-se a dar detalhes sobre a natureza da sua doença.