quinta-feira, 28 de abril de 2011

Desconvidado

O ministério britânico das Relações Exteriores anunciou nesta quinta-feira que, em acordo com a Casa Real, retirou o convite de casamento do príncipe, ao embaixador da Síria, na Grã-bretanha.

Nota Ordidja

A língua portuguesa está viva. Já se pode escrever (dizer) desconvidar! Porem neste espaço virtual, não se desconvida ninguém. Os britânicos esses sim podem desconvidar. Eles é que prescrevem universalmente as normas d´etiqueta! 




Figura e Poder

Campaore e Sankara
Foto: News Clues
 

Burkina: des policiers se mutinent à leur tour, la contestation s'amplifie

Fonte: Afriquinfos
OUAGADOUGOU (© 2011 AFP) - Une semaine après la formation d'un nouveau gouvernement, la contestation s'amplifie au Burkina où des policiers, suivant l'exemple de militaires, se sont mutinés mercredi soir et jeudi dans plusieurs villes dont la capitale, après une nouvelle manifestation à Koudougou (centre).

Pour la première fois depuis le début des contestations populaires en février, des policiers de la Compagnie républicaine de sécurité (CRS) à Ouagadougou se sont mutinés mercredi soir, tirant en l'air avec leurs armes, dans et à l'extérieur de leur caserne. Les tirs ont repris jeudi matin dans cette même caserne, puis le mouvement s'est étendu au commissariat central de la capitale, ainsi qu'à la direction générale de la police, a constaté un journaliste de l'AFP. Les policiers qui tiraient depuis l'intérieur du commissariat dans le centre-ville, ont également érigé des barricades tout autour.

Les gendarmes, des militaires, ont vainement tenté de prendre le contrôle de la direction générale de la police occupée par des policiers mutins. "Une quarantaine (de gendarmes) sont venus pour prendre des armes et le contrôle du bâtiment. Nous les avons repoussés vigoureusement en bloquant le portail d'entrée. Il n'y a pas eu de tir", a affirmé à l'AFP un mutin. "Nous ne voulons pas nous en prendre à la population. C'est un problème entre nous" et les autorités, a-t-il ajouté.

Des tirs de policiers ont également été entendus mercredi soir et jeudi matin à Bobo-Dioulasso (sud-ouest), deuxième ville du pays, ainsi qu'à Fada N'Gourma (est), Dédougou (ouest), Manga et Pô (sud). Ces mouvements de protestation de policiers interviennent après les mutineries de militaires dans plusieurs villes, dont les soldats de la propre garde du président Blaise Compaoré, il y a deux semaines à Ouagadougou. Les policiers, tout comme les soldats dont les revendications ont été satisfaites, réclament de meilleures rémunérations.

Les mutineries de policiers ont eu lieu après une nouvelle manifestation violente de commerçants et de jeunes mercredi à Koudougou, ville du centre du Burkina Faso d'où était partie le 22 février la vague de contestation populaire qui secoue le pays, après la mort d'un jeune dans une manifestation. Les producteurs de coton ont également manifesté pacifiquement mercredi à Bobo-Dioulasso pour réclamer une hausse du prix d'achat de leur production et une baisse de celui des engrais.

Les manifestations de colère contre la vie chère et le régime de Blaise Compaoré, arrivé au pouvoir en 1987 par un coup d'Etat militaire, touchent désormais presque toutes les catégorie socio-professionnelles du pays: jeunes, commerçants, élèves, étudiants, magistrats, personnels de santé et maintenant policiers et producteurs de coton. Depuis février, elles ont fait au moins six morts (dont quatre étudiants), des blessés, d'innombrables pillages commis par les soldats mutins et des dégâts matériels considérables. Le limogeage des chefs de l'armée, l'instauration d'un couvre-feu nocturne à Ouagadougou, la nomination d'un nouveau Premier ministre, suivie le 21 avril de la formation d'un gouvernement composé de fidèles du chef de l'Etat qui s'est attribué le portefeuille de la Défense, n'ont pas calmé les esprits.

Dans ce climat tendu, une conférence de presse du Premier ministre, Luc Adolphe Tiao, prévue jeudi après-midi, était très attendue. L'opposition a appelé à une grande manifestation samedi à Ouagadougou contre le régime Compaoré et la vie chère, alors que la majorité des 16 millions de Burkinabès survit avec 1,50 euro par jour.


Opinião
Figura e Poder

Este Sabat, vai-se medir força em Ouagadougou(Uaga) capital de Burkina Faso. Dum lado, a mobilização convocada pela oposição, em que apelam que saia à rua, todo o cidadão que sente lesado e descontente com a impunidade, vivendo ou não com 1,5 euros p/dia, e do outro lado, os homens do aparelho de Estado. Entre estes dois blocos estará um Povo, que se conhece até então, pacífico, com demonstrações de ambientes políticos saudáveis, com um desenvolvimento humano considerável, sobretudo, nos últimos 15 anos.

Então o que é que falta, na terra dos “homens íntegros”?

Porque reclamam os estudantes e quase toda a sociedade civil, burkinabé?

Aguarda-se com expetativa a 1ª intervenção do comunicador Luc Adolphe Tiao, recentemente nomeado primeiro-ministro. Figura, do qual se reconhece, um bom dom de palavra. Atenção: estamos a falar de um país que teve uma evolução positiva da massa crítica nos últimos anos, fato reconhecido até, por várias pessoas que tiveram a oportunidade de conhecer ou acompanhar com frequência alguns progressos dos burkinabés.

O clima, ou melhor o ambiente político nesse país comunitário e irmão, parece estar a querer entrar, num ciclo de alta-voltagem. Os portugueses chamaram "Alto Volta" ao território. E para não entrar em grandes comentários, alias, sem “vontade” do tio Alberto, para falar de futebol, porque adorei a vitória clara do Barça sobre o Real. Decide falar deste "próximo palco"...

Não gramo os monarcas. Como não gramo os ditadores! Mas por exemplo gramo o  Lucky Luke (e não Lucki-Luck como tinha escrito). Conhece não conhece? O “homem que dispara antes do que, a sua sombra”.

Será que o PM Luc A. Tiao, vai conseguir disparar antes do que a sua “figura”?
Como irá conseguir ele separar, à  Figura do poder com o Poder a todo o custo?

Peace!!!    
         
 

terça-feira, 26 de abril de 2011

O mercado vence o racismo

Walter Williams

Fonte: Do Blog( Filosofia Cirúrgica) Contra a Racialização do Brasil

quarta-feira, 9 de março de 2011

Entrevista - Walter Williams

O economista diz que as ações afirmativas prejudicam os negros ao reforçar estereótipos de inferioridade e defende a liberdade econômica como arma contra a desigualdade racial

Revista Veja, Edição 2207 - 9 de março de 2011

"Os negros, em geral, estão muito melhor hoje do que há meio século. Mas os negros mais pobres estão pior" (Gilberto Tadday)

Walter Williams é um radical. Na juventude, preferia o incendiário Malcolm X ao pacifista Martin Luther King. Hoje, aos 74 anos, Williams admira os dois líderes negros, repudia a violência e se define como um libertário radical, como os americanos se referem aos que se opõem ao excesso de ativismo do estado e propugnam mais liberdade individual. Fiel ao seu ideário, é contra ações afirmativas e cotas raciais, e diz que o melhor instrumento para vencer a desigualdade racial é o livre mercado: “A economia de mercado é o grande inimigo da discriminação”. Criado pela mãe na periferia de Filadélfia, Williams acaba de publicar uma autobiografia em que narra sua trajetória da pobreza à vida de professor universitário (desde 1980, leciona economia na Universidade George Manson, na Virgínia). Com 1,98 metro de altura, voz de barítono, bom humor, ele demonstra muita coragem nesta entrevista.

Quem lê sua autobiografia fica com a impressão de que ser negro nos Estados Unidos das décadas de 40 e 50 era melhor do que ser negro hoje.
Claro que os negros estão muito melhor agora, mas não em todos os aspectos. Hoje, se os negros americanos fossem uma nação à parte, seriam a 15ª mais rica do mundo. Entre os negros americanos, há gente riquíssima, como a apresentadora Oprah Winfrey. Há famosíssimos como o ator Bill Cosby, que, como eu, vem de Filadélfia. Colin Powell, um negro, comandou o Exército mais poderoso do mundo. O presidente dos Estados Unidos é negro. Tudo isso era inimaginável em 1865, quando a escravidão foi abolida. Em um século e meio, fizemos um progresso imenso, ao contrário do que aconteceu no Brasil ou no Caribe, onde também houve escravidão negra. Isso diz muito sobre os negros americanos e sobre os Estados Unidos.

Em que aspectos a vida dos negros hoje é pior?
Cresci na periferia pobre de Filadélfia entre os anos 40 e 50. Morávamos num conjunto habitacional popular sem grades nas janelas e dormíamos sossegados sem barulho de tiros nas ruas. Sempre tive emprego, desde os 10 anos de idade. Engraxei sapatos, carreguei tacos no clube de golfe, trabalhei em restaurantes, entreguei correspondência nos feriados de Natal. As crianças negras de hoje que vivem na periferia de Filadélfia não têm essas oportunidades de emprego. No meu próximo livro, Raça e Economia, que sai no fim deste mês, mostro que em 1948 o desemprego entre adolescentes negros era de 9,4%. Entre os brancos, 10,4%. Os negros eram mais ativos no mercado de trabalho. Hoje, nos bairros pobres de negros, por causa da criminalidade, boa parte das lojas e dos mercados fechou as portas. Outra mudança dramática é a queda na qualidade da educação oferecida às crianças negras e pobres. Atualmente, nas escolas públicas de Washington, um negro com diploma do ensino médio tem o mesmo nível de proficiência em leitura e matemática que um branco na 7ª série. Os negros, em geral, estão muito melhor agora do que há meio século. Mas os negros mais pobres estão pior.

O estado de bem-estar social, com toda a variedade de benefícios sociais criados nas últimas décadas, não ajuda a aliviar a situação de pobreza dos negros de hoje?
Todos os economistas, sejam eles libertários, conservadores ou liberais, concordam que sempre cai a oferta do que é taxado e aumenta a oferta do que é subsidiado. Há anos, os Estados Unidos subsidiam a desintegração familiar. Quando uma adolescente pobre fica grávida, ela ganha direito a se inscrever em programas habitacionais para morar de graça, recebe vale-alimentação, vale-transporte e uma série de outros benefícios. Antes, uma menina grávida era uma vergonha para a família. Muitas eram mandadas para o Sul, para viver com parentes. Hoje, o estado de bem-estar social premia esse comportamento. O resultado é que nos anos da minha adolescência entre 13% e 15% das crianças negras eram filhas de mãe solteira. Agora, são 70%. O salário mínimo, que as pessoas consideram uma conquista para os mais desprotegidos, é uma tragédia para os pobres. Deve-se ao salário mínimo o fim de empregos úteis para os pobres. A obrigação de pagar um salário mínimo ao frentista no posto de gasolina levou à automação e ao self-service. O lanterninha do cinema deixou de existir não porque adoramos tropeçar no escuro do cinema. É por causa do salário mínimo. Na África do Sul do apartheid, os grandes defensores do salário mínimo eram os sindicatos racistas de brancos, que não aceitavam filiação de negros. Eles não escondiam que o salário mínimo era o melhor instrumento para evitar a contratação de negros, que, sendo menos qualificados, estavam dispostos a trabalhar por menos. O salário mínimo criava uma reserva de mercado para brancos.

As ações afirmativas e as cotas raciais não ajudaram a promover os negros americanos?
A primeira vez que se usou a expressão “ação afirmativa” foi durante o governo de Richard Nixon (1969-1974). Os negros naquele tempo já tinham feito avanços tremendos. Um colega tem um estudo que mostra que o ritmo do progresso dos negros entre as décadas de 40 e 60 foi maior do que entre as décadas de 60 e 80. Não se pode atribuir o sucesso dos negros às ações afirmativas.

As ações afirmativas não funcionam?
Os negros não precisam delas. Dou um exemplo. Houve um tempo em que não existiam jogadores de basquete negros nos Estados Unidos. Hoje, sem cota racial nem ação afirmativa, 80% são negros. Por quê? Porque são excelentes jogadores. Se os negros tiverem a mesma habilidade em matemática ou ciência da computação, haverá uma invasão deles nessas áreas. Para isso, basta escola, boas escolas, grandes escolas. Há um aspecto em que as ações afirmativas são até prejudiciais. Thomas Sowell, colega economista, tem um estudo excelente sobre o assunto. Mostra como os negros se prejudicam com a política de cotas raciais criada pela disputada escola de engenharia do Instituto de Tecnologia de Massa-chusetts (MIT), uma das mais prestigiosas instituições acadêmicas dos Estados Unidos. Os negros recrutados pelo MIT estão entre os 5% melhores do país em matemática, mas mesmo assim precisam fazer cursos extras por alguns anos. Isso acontece porque os brancos do MIT estão no topo em matemática, o 1% dos melhores do país. Os negros, mesmo sendo muito bons, estão abaixo do nível de excelência do MIT. Mas eles podiam muito bem estudar em outras instituições respeitáveis, onde estariam na lista dos candidatos a reitor e sem necessidade de cursos especiais. Por causa de ações afirmativas, muitos negros estão hoje em posição acima de seu potencial acadêmico. Se você está aprendendo a lutar boxe e sua primeira luta é contra o Mike Tyson, você está liquidado. Você pode ter excelente potencial para ser boxeador, mas não dá para começar contra Tyson. As ações afirmativas, nesse sentido, são cruéis. Reforçam os piores estereótipos raciais e mentais.

O senhor já teve alguma experiência pessoal nesse sentido?
Quando eu dava aula na Universidade Temple, em Filadélfia, tive uma turma com uns trinta alunos, todos brancos, à exceção de um. Nas primeiras aulas, eles me fizeram uma bateria de perguntas complexas. Você pode achar que era paranoia minha, mas eu sei que o objetivo deles era testar minhas credenciais. A cada resposta certa que eu dava, eu podia ver o alívio no rosto do único aluno negro da classe. De onde vinha esse sentimento, esse temor do aluno negro de que seu professor, sendo negro, talvez não fosse suficientemente bom? Das ações afirmativas. Não entrei na universidade via cotas raciais. Por causa delas, a competência de muitos negros é vista com desconfiança.

Num país como o Brasil, onde os negros não avançaram tanto quanto nos Estados Unidos, as ações afirmativas não fazem sentido?
A melhor coisa que os brasileiros poderiam fazer é garantir educação de qualidade. Cotas raciais no Brasil, um país mais miscigenado que os Estados Unidos, são um despropósito. Além disso, forçam uma identificação racial que não faz parte da cultura brasileira. Forçar classificações raciais é um mau caminho. A Fundação Ford é a grande promotora de ações afirmativas por partir da premissa errada de que a realidade desfavorável aos negros é fruto da discriminação. Ninguém desconhece que houve discriminação pesada no passado e há ainda, embora tremendamente atenuada. Mas nem tudo é fruto de discriminação. O fato de que apenas 30% das crianças negras moram em casas com um pai e uma mãe é um problema, mas não resulta da discriminação. A diferença de desempenho acadêmico entre negros e brancos é dramática, mas não vem da discriminação. O baixo número de físicos, químicos ou estatísticos negros nos Estados Unidos não resulta da discriminação, mas da má formação acadêmica, que, por sua vez, também não é produto da discriminação racial.

Qual o meio mais eficaz para promover a igualdade racial?
Primeiro, não existe igualdade racial absoluta, nem ela é desejável. Há diferenças entre negros e brancos, homens e mulheres, e isso não é um problema. O desejável é que todos sejamos iguais perante a lei. Somos iguais perante a lei, mas diferentes na vida. Nos Estados Unidos, os judeus são 3% da população, mas ganham 35% dos prêmios Nobel. Talvez sejam mais inteligentes, talvez sua cultura premie mais a educação, não interessa. A melhor forma de permitir que cada um de nós — negro ou branco, homem ou mulher, brasileiro ou japonês — atinja seu potencial é o livre mercado. O livre mercado é o grande inimigo da discriminação. Mas, para ter um livre mercado que mereça esse nome, é recomendável eliminar toda lei que discrimina ou proíbe discriminar.

O senhor é contra leis que proíbem a discriminação?
Sou um defensor radical da liberdade individual. A discriminação é indesejável nas instituições financiadas pelo dinheiro do contribuinte. A Universidade George Manson tem dinheiro público. Portanto, não pode discriminar. Uma biblioteca pública, que recebe dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos, não pode discriminar. Mas o resto pode. Um clube campestre, uma escola privada, seja o que for, tem o direito de discriminar. Acredito na liberdade de associação radical. As pessoas devem ser livres para se associar como quiserem.

Inclusive para reorganizar a Ku Klux Klan?
Sim, desde que não saiam matando e linchando pessoas, tudo bem. O verdadeiro teste sobre o nosso grau de adesão à ideia da liberdade de associação não se dá quando aceitamos que as pessoas se associem em torno de ideias com as quais concordamos. O teste real se dá quando aceitamos que se associem em torno de ideais que julgamos repugnantes. O mesmo vale para a liberdade de expressão. É fácil defendê-la quando as pessoas estão dizendo coisas que julgamos positivas e sensatas, mas nosso compromisso com a liberdade de expressão só é realmente posto à prova quando diante de pessoas que dizem coisas que consideramos absolutamente repulsivas.

O senhor exige ser chamado de “afro-americano”?
Essa expressão é uma idiotice, a começar pelo fato de que nem todos os africanos são negros. Um egípcio nascido nos Estados Unidos é um “afro-americano”? A África é um continente, po-voado por pessoas diferentes entre si. Os vários povos africanos estão tentando se matar uns aos outros há séculos. Nisso a África é idêntica à Europa, que também é um continente, também é povoada por povos distintos que também vêm tentanto se matar uns aos outros há séculos.

A presença de Obama na Casa Branca não ajuda os negros americanos?
Na autoestima, talvez. Mas não por muito tempo, o que é lamentável. Em 1947, quando Jackie Robinson se tornou o primeiro negro a jogar beisebol na liga profissional, ele tinha a obrigação de ser excepcional. Hoje, nenhum negro precisa ser tão bom quanto Robinson e não há perigo de que alguém diga “ah, esses negros não sabem jogar beisebol”. No caso de Obama, vale a mesma coisa. Por ser o primeiro negro, ele não pode ser um fracasso. O problema é que será. Aposto que seu governo, na melhor das hipóteses, será um desastre igual ao de Jimmy Carter. Vai ser ruim para os negros.

Nota Ordidja

Quando li esta entrevista fiquei naquele estado (indescritível). Mas fundamentalmente gostei, por isso partilho, nesta base alargada, que é à Ordidja. Mas li esta entrevista graças, a rede social, neste caso devo aos post do amigo são-tomense Abílio Bragança Neto, que vai partilhando com os amigos conteúdos de excelência. Abraço amigo!!!   
 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Feliz dia da revolução...

No Chão do Carmo
 
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa estar
ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo, ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinque, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

(Cecília Meireles)

domingo, 24 de abril de 2011

A questão das datas Pascais


A data da Páscoa muda, permanece a sua centralidade       

Sáb, 23 de Abril de 2011 13:31 Elias Fernandes Pinto

Por inúmeras vezes escutei esta pergunta: "Por que a data da Páscoa muda todo ano?” E, com ela a reclamação da falta de resposta. O que não é novidade. Desde o século II, a data da celebração anual da Páscoa é discutível na Igreja. Por isso, não será este pequeno rascunho, sobre a organização do calendário das celebrações do Ano Litúrgico, que irá respondê-la, mas reafirmar a atualidade da pergunta pela centralidade vital da celebração da Páscoa para a vida da Igreja.

Antes de ver as orientações da Igreja para a fixação da data para celebração da Páscoa, é bom relembrar o que é o ano e a forma de computar o tempo. A existência do ano teve sua origem primitiva ao fluxo das estações (primavera, verão, outono inverno). O cálculo do ano com base no movimento da lua deu lugar ao chamado ano lunar, que compreende doze períodos completos de lunação (as fases da lua: nova, crescente, cheia, minguante), que são os meses e tem duração exata de 354 dias, 8 horas e 45 segundos. O homem antigo também observou o movimento solar e organizou o ano solar, este é base para o ano civil. Sua duração é de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Essas frações que equivalem à quarta parte de um dia, deram lugar aos anos bissextos, com 366 dias a cada quatro anos.

Para o povo da bíblia, o ano começava com a primavera, ainda que tenha existido outro começo no mês de setembro, base da atual festa do ano novo judaico (rosh há-shanh). O fato histórico da Páscoa aconteceu na vida do povo de Israel no início da primavera. Daí a Páscoa marca o início do ano. E os dias do ano da Páscoa dependem e a ela remetem (Ex 12).
No século II começou a se discutir na Igreja a data para a celebração anual da páscoa. Os cristãos da Ásia Menor, por tradição dos tempos de São João, apóstolo, a celebravam no dia 14 de Abib (mês do antigo calendário judeu) ou de Nisan (mês do calendário judeu após o exílio da Babilônia, que corresponde aos meses de março e abril) como os judeus (Ex 12; 34,18; Lv 25,5-8; Nm 28,16-25; Ez 45, 21-24; Mt 26,17s; Lc 22,7s) ) e os ligados a Roma, no domingo seguinte. Tal discussão não foi à frente pela intervenção do papa Vítor I que chamou a atenção para a celebração semanal da Páscoa aos domingos. Sobre a centralidade do Domingo muitos outros escritores do início da Igreja dão testemunho como a Didaqué e as Apologias de Justino de Roma. Isto por ser o Domingo, o dia da ressurreição do Senhor (Mc 16,1-8; Mt 28,1-9; Lc 24,1-10; Jo 21,1-18).

Contudo, cada Igreja passou a celebrar a festa anual da Páscoa numa data diferente até que o Concílio Ecumênico de Nicéia, em 325, decidiu que a celebração da Páscoa em toda a Igreja fosse à data já estabelecida pelo uso de Roma e de Alexandria. Estas celebravam a Páscoa no domingo seguinte à lua cheia de primavera. Assim, conforme a tradição bíblica, a Igreja de Roma anuncia a data da celebração anual da Páscoa que é no primeiro domingo depois da lua cheia da primavera, segundo o hemisfério norte. Essa orientação do Concílio faz com que a data da páscoa tenha uma variação num intervalo de tempo de um mês, ou seja, no período de uma lunação completa, dado a desigualdade de dias do ano entre os calendários lunar e solar. A variação se dá entre 22 de março e 25 de abril. É importante sabermos que o calendário anual da Igreja, segue o calendário lunar e o ritmo dos dias segue o calendário solar.

O Ano Litúrgico cristão mantém no centro, como o ano festivo dos judeus, a solenidade da Páscoa. No decorrer do tempo o calendário foi sofrendo mudanças e reformas. As mais significativas foram realizadas sob a autoridade dos Pontífices Gregório XIII, Pio X, Pio XII, João XXIII e de Paulo VI, ambas tiveram um único fio condutor: centralidade do mistério Pascal. No ano de 1582, Gregório XIII reformou o calendário para recuperar os 10 dias de defasagem que se introduziram no calendário cristão, pelo fato do ano solar ter seis horas a mais. As Igrejas do Oriente, não aceitaram a mudança e continuaram seguindo o calendário juliano e celebram a Páscoa em dia diferente da Igreja Católica Romana. Em 1977, para rever essa situação o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras tentaram chegar a um acordo para que as Igrejas celebrassem a Páscoa no mesmo dia, mas isto não foi possível. Enfim, em todas as reformas do calendário houve a querela para se firmar uma data fixa para a celebração anual da Páscoa, mas nada ficou fixado.

Contudo, nossa atenção deve voltar-se para a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, na Constituição Sacrosanctum Concilium, sobre a Sagrada Liturgia, e o que ela tem a nos dizer: “A Santa Mãe Igreja julga seu dever celebrar em certos dias no decurso do ano, com piedosa recordação, a obra salvífica de seu divino Esposo. Em cada semana, no dia que ela chamou Domingo, comemora a Ressurreição do Senhor, celebrando-a uma vez também, na solenidade máxima da Páscoa, juntamente com sua sagrada Paixão” (SC 102). A Liturgia, atualização no tempo da salvação que se realizou no tempo, confere ao tempo um significado: é aqui e agora que acontece a salvação. Pois, a Liturgia celebra a salvação. O tempo litúrgico é sacramento de salvação e uma maneira da presença de Cristo no tempo dos homens, é um tempo de graça e salvação (2Cor 6,2).

Assim, postulando a formulação do calendário, o Concílio nos instrui quanto a centralidade do mistério pascal em sua celebração semanal, aos Domingos, e de sua máxima celebração na Vigília Pascal, portanto é a celebração da Vigília Pascal que confere o ritmo das outras celebrações. Com efeito, o Calendário Romano Geral, aprovado e publicado pelo Papa Paulo VI, em 1969, ensina que “como Cristo realizou a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus principalmente pelo seu mistério pascal, quando morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando renovou a vida, o sagrado Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor resplandece como o ápice de todo o ano litúrgico. Portanto, a solenidade da Páscoa goza no ano litúrgico a mesma culminância do domingo em relação à semana” (CRG 18).

Ademais, “a Vigília Pascal, na noite santa em que o Senhor ressuscitou, seja considerada “a mãe de todas as santas vigílias, na qual a Igreja espera, velando, a Ressurreição de Cristo, e a celebra nos sacramentos” (CRG 21). Percebe-se, portanto, que a todas as celebrações se relacionam, e inclusive depende, da celebração da Páscoa, pois o Ano Litúrgico tem como centralidade tal solenidade: a Vigília Pascal é a mãe de todas as outras celebrações. Como diz são Paulo, “Se Cristo não ressuscitou ilusória é a vossa fé” (1Cor 15,17). A centralidade e a precedência, da celebração da Páscoa, ocorrem por ser a Páscoa o fundamento e fato central de nossa fé.

Cabe a nós experimentar o decorrer do ano como o tempo em que se dá a nossa vida e o momento adequado para fazer memória e tornar presente a totalidade do mistério de Cristo e sua ação salvadora para conosco. Assim cada celebração durante o ano é uma celebração que se desdobra do mistério Pascal, celebrado em sua máxima na Vigília Pascal. A esta celebração, a Vigília Pascal, devemos correr pressurosos com nossas lâmpadas acesas como as cinco virgens sábias e prudentes que entraram para o banquete das núpcias do Cordeiro.

sábado, 23 de abril de 2011

Guiné Medicinal

Planta Guiné

Uso mágico: A guiné no Brasil é muito utilizada, junto com a arruda, em vasos de proteção colocados à porta das casas. A guiné funcionaria como uma espécie de "antena"que captaria as más vibrações, que seriam então neutralizadas pelo poder desinfetante da arruda.

Indicada para afecções da cabeça, da vista, contra falta de memória, reumatismo, paralisia, estados nervosos, pelos seus poderes analgésicos, mas apenas em uso externo, em compressas. O pó da raiz ameniza a dor de dente. Popularmente também usado em gargarejos para combater dor de garganta.

Efeitos colaterais - Não usar internamente, pois é tóxica e abortiva.

Nomes Populares
Guiné – erva de pipi, tipi,, tipi-verdadeiro, amansa senhor, mucura-caá, pipi
Nome Científico - Petiveria tetranda gomez. Petiveria alliacea / Família: Fitolacáceas
Partes usadas – Toda a planta, especialmente a raiz
 
Características e Cultivo – Subarbustiva perene de até 1 m de altura, ramos eretos, folhas alternas elípticas, lisas. Flores brancas minúsculas em espigas terminais.
Cultivo – Precisa de solo fértil e pouco ensolarado.

Nota Ordidja

Se a Guiné é uma planta que cura, então o nome Guiné, não é tão azarado como muitos tentam  fazer crer. Guineense, coloca à Guiné à porta de casa e, livre-se da paralisia e a falta de memória. Já sabe não beba à Guiné, porque para além de ser tóxica é abortiva. Por isso: cuida-te!!!

brífingando

no stress
 

brífingando

hoje não estou nem aí
para pensar e apalavrar sentimentos
aquela que gostas e finges ignorar…
para assegurar e confirmar o motivo
aquela que adoras e te faz zangar
para sair para mais um briefing
aquela que amas e rejeitas como cruz
não, hoje não estou nem aí

porque se estivesse
iria reclamar mais descontentamento,
e para isso…
falo, escrevo, brífingo, reclamo, comento,
digo o que penso
porque no dia que deixar de manifestar
descontentamentos
ficarei ofendido,
e da ofensa
quem trata
é o Tribunal!!!

hoje não estou nem aí
para falar de política, economia e guerras
aquela que odeias mas por vezes apoias
para justificar e apresentar provas
aquela que reprimes e classificas
para sair para mais um briefing
aquela que te sacrifica e causa ciúmes  
não, hoje não estou nem aí

porque se estivesse
iria alimentar mais stress
e para isso…
corro, salto, jogo, brinco, danço
e dia como hoje, é proibido ter stress
por isso seguirei o tambor, kora, balfon, tina, sikô
sonoridades
e de som
quem trata
é a Música!!!  
                                                                                              
Hoje é Sabat de Aleluia...
logo mais...
tem que se regar!!!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O que significa sexta - feira santa ?


A sexta-feira de Paixão ou sexta-feira Santa é o dia que marca, a intolerância humana perante à Verdade que Cristo trouxe ao Mundo. Julgado e condenado o martírio de Jesus Cristo, é coroado pelos espinhos do percurso da Via-sacra, conhecido como a Via Dolorosa. Carregando a sua cruz, debaixo de chicotadas e humilhações, Cristo, faz o caminho até o Gólgota, onde é crucificado.

Por isso a tarde de Sexta-feira Santa carrega o drama do imenso sofrimento, até a morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Santa ignorância...

Ministra Adiato Nandigna
Foto:www.presidencia-gw.org

Guiné-Bissau: Governo não vai suspender «Última Hora»
Fonte: PNN Portuguese News Network

Bissau – O Governo guineense decidiu não suspender o jornal «Última Hora» que considerara que tem publicado um conjunto de artigos injuriosos que podem pôr em causa a estabilidade e a paz social. Segundo a ministra da Presidência do Conselho de Ministros, da Comunicação Social e Porta-voz do Governo, Maria Adiato Djalo Nandigna, para o executivo guineense alguns artigos publicados pelo semanário são de carácter insultuoso.

«Nunca mentimos senhora ministra ambiciosa…»; «A sua desinteligência também foi desmentida…»; «Saiba senhora ministra de curta memória (…)»; «(…) foi demasiadamente burra senhora ministra…»; «(…) senhora ambiciosa ministra de curta memoria», são alguns excertos de artigos publicados no «Ultima Hora», citados por Adiato Nandigna para justificar a intenção de suspender a publicação do semanário.  O Governo decidiu no entanto suspender a sua intenção de cancelar a publicação do «Última Hora», apelando, entretanto, aos órgãos da Comunicação Social de «reequacionarem» as suas linhas editoriais, sob pena de poderem ser retiradas as licenças de publicação ou de emissão, apesar destas ainda serem provisórias devido ao vazio legal ainda presente no sector da imprensa.

Lassana Cassamá  


Opinião

Ops! Temos que rebobinar, os factos…Mas antes permitam que saliente com parêntese (o governo guineense foi sensato, recuou com a decisão de “suspender” o jornal “Última Hora”). Ao concretizar-se esta decisão seria um desmando. Curto e claro! Embora à Democracia exista precisamente para travar o impulso de desmando. Mais vale tarde do que nunca. Bravo!

Facto 1 – O problema, se alguma vez houve, está bem focado. Pela recolha apresentada pela “super” ministra da (vou ver se consigo escrever tudo) Presidência do Conselho de Ministros, da Comunicação Social e Porta Voz do Governo, Adiato Djaló Nandigna, os artigos considerados “injuriosos” e contra o “governo” são aqueles que atacam de forma direta a Senhora ministra. 

Ora, isso resolve-se e já se resolvia (antes mesmo deste governo existir) através dos Tribunais. Qual é a dúvida? Ou o governo ou melhor os governantes não devem ser sufragados? Aquilo que a porta-voz do governo considera de “insulto” ao governo, é afinal, a linha editorial da “Última Hora” que não lhe “solta o pescoço” chamando-a de “ambiciosa” insistidamente! Então chamar alguém de ambiciosa(o) é insulto? 

Bolas, até me fez lembrar aquela anedota, aquela: (vou tentar em duas linhas)

Uma dama de Pilun, ficou muito zangada, que considerou insulto e não gostou ,quando uma amiga do mesmo bairro lhe chamou, “simpática”… 
“Kuma i falal – Ka bu tchoman simpatika!... Nka misti randjau konfuson…Ka bu torna tchaman simpatika mas”; 
Tradução: Disse-lhe – Não me chames simpática…Não quero ter problemas contigo…Nunca mais volte, a chamar-me simpática.  Santa Ignorância…

Será “curta memória” tentar suspender à publicação dum jornal desta forma descabida, alias, como se mandou fechar tantos sítios em Bissau, em plena era democrática? Santa ignorância…

Facto 2 – “A estabilidade e a paz social” na Guiné de hoje, são mais fáceis de se colocar em perigo, ou pôr em causa, quando uma governanta, induz ao governo, a tomada duma decisão repressiva, do que, quando se questiona a capacidade e a integridade duma ministra, num artigo tornado público num jornal.

Portanto, senhora ministra, é politicamente perigoso, estas cenas que se assemelham, a um ensaio geral, sem ter pronto ainda, à LEI DE IMPRENSA. Fundamentalmente num país, onde todos os órgãos de Comunicação Social, incluindo a Rádio de Difusão Nacional (RDN), funcionam com licenças provisórias. Que timing mais desapropriado. Logo nesta altura, em que a região Ocidental está em polvorose, e vive momentos de alguma tensão.

O próximo palco...

Mapa: Burkina Faso
Embaixador é nomeado primeiro-ministro de Burkina Fasso

OUAGADOUGOU, Burkina FassoO embaixador de Burkina Fasso na França, Luc-Adolphe Tiao, foi nomeado nesta segunda-feira à noite por decreto primeiro-ministro, no lugar de Tertius Zongo, destituído na sexta-feira, em meio a movimentos de contestação em todo o país, principalmente de militares. Tiao tem 56 anos e nunca tinha ocupado um posto ministerial antes. Ele é formado em Jornalismo e foi diretor do jornal estatal Sidwaya. Também foi presidente do Conselho Superior de Comunicação.

Tiao ficará encarregado de formar um novo governo para pôr fim aos diversos movimentos de contestação, principalmente de soldados e jovens, que afetam Burkina Faso há dois meses. O presidente Blaise Compaoré dissolveu na sexta-feira o governo de Zongo um dia depois de novos motins de soldados de sua própria guarda presidencial. Ele também substituiu os principais chefes do Exército e instaurou um cessar-fogo. As medidas não conseguiram reduzir a tensão e o país é afetado por violentas manifestações e motins.

Nota Ordidja

O presidente Blaise Campaoré, vai tentar “tapar o céu com a peneira”.
Será que vai conseguir?
Em Uaga, a guerra da Informação vai reinar nos próximos dias., ou seja vai ocupar o palco. E nada melhor para liderar esse combate do que  um homem ligado à Comunicação, para planear a melhor estratégia. Estaremos aqui para ver se resulta. O recém nomeado PM,   Luc-Adolphe Tiao ocupou o cargo de Presidente de Conselho Superior da Comunicação, antes de ser embaixador.
PM.Luc-Adolphe Tiao

A VOX-POPULIS burkinabé forma a seguinte opinião sobre a nomeação do novo primeiro-ministro Luc-Adolphe Tiao.

Fonte: www.lefaso.net

NOMINATION DE LUC ADOLPHE TIAO :

 L’homme de la rue apprécie

Suite aux manifestations des élèves, des étudiants, des militaires et des commerçants qui ont plongé le pays des Hommes intègres dans une crise sans précédent, le président du Faso Blaise Compaoré a limogé son ancien premier ministre Tertius Zongo et dissous le gouvernement. Pour le règlement définitif de la crise, il a procédé à la nomination d’un nouveau premier ministre le lundi 18 avril 2011, en la personne de l’ancien ambassadeur du Burkina Faso en France , Luc Adolphe Tiao, journaliste de formation. Un micro trottoir réalisé le mardi 19 avril dans la ville de Ouagadougou nous a permis de recueillir les avis de certains Burkinabè sur la nomination de ce communicateur à la tête du gouvernement. La plupart des interviewés disent ne pas connaître l’homme en question mais pensent que s’il a pu bénéficier de la confiance du président Blaise Compaoré, c’est qu’il est l’homme de la situation.

Barthélémie Yaméogo, éducateur : "Luc Adolphe Tiao doit être humble"

Je pense que ceux qui ont nommé Luc Adolphe Tiao ont trouvé que c’est l’homme de la situation. Ce que je peux souhaiter est qu’il puisse être en mesure de chercher les vraies causes et non se focaliser sur les conséquences de la crise . Facilement on dit que les mutins sont des jeunes militaires, on les accuse d’être des bandits, des voyous mais je crois qu’après observation on se rend bien compte que la crise est beaucoup plus sérieuse. Donc je souhaite vraiment que le nouveau premier ministre soit quelqu’un qui puisse prendre le temps d’écouter, d’analyser et prendre des mesures adéquates pour sortir le Burkina Faso de cette crise qui n’a que trop duré. Pour ce faire, il devrait s’entourer d’une équipe dynamique crédible et prête à se sacrifier pour l’intérêt général. Luc Adolphe Tiao doit également être une personne humble. Il ne faudrait pas qu’il pense qu’il a des atouts pour résoudre tous les problèmes parce que la crise actuelle dépasse l’envergure d’une seule personne.

Souleymane Sawadogo, commerçant : "Le départ de Blaise Compaoré du pouvoir est la solution de la crise"

La nomination d’un premier ministre ne peut pas résoudre les problèmes actuels au Burkina Faso. Moi je pense que c’est le départ du président Blaise Compaoré qui est la solution parce que depuis un certains moment il n’est plus capable de diriger le pays. Tout le monde se plaint. Elèves, étudiants, militaires et commerçants manifestent parce que rien ne va dans ce pays. Donc au vu de ce qui précède, ce n’est pas la dissolution du gouvernement ni la nomination d’un nouveau premier ministre qui pourront arranger les choses mais plutôt le départ du président Blaise Compaoré du pouvoir.

Kaboré Inoussa, secrétaire général de l’Organisation syndicale des commerçants du Burkina : "Je connais Luc Adolphe Tiao à travers les médias"

On a tous appris la nomination de Luc Adolphe Tiao à la tête du gouvernement burkinabè hier nuit. C’est un monsieur que je connais à travers les médias en tant que communicateur. Je pense que si le président du Faso, Blaise Compaoré, a accepté le nommer, c’est que c’est l’homme idéal pour calmer la situation. Et moi personnellement je pense qu’il est capable parce qu’en tant que communicateur, il va user de ses talents et de son expérience pour apaiser les coeurs des Burkinabè qui ont subi les conséquences des mutineries. En tant que commerçants, nous attendons de lui qu’il puisse indemniser le plus tôt possible les commerçants qui ont été victimes de la soldatesque. Nous avons posé des doléances auprès du ministère du commerce et nous voulons qu’elles soient rapidement examinées et solutionnées. Je lui suggère dans la formation de son gouvernement de maintenir Arthur Kafando au ministère du commerce parce que nous avons entamé des négociations de sortie de crise avec lui et un changement pourra tout remettre en cause

Justin Koudougou Zongo, forestier : "Tout va se jouer dans la composition du gouvernement"

Ce que je sais du nouveau premier ministre qui vient d’être nommé, c’est qu’il a été le président du conseil supérieur de la communication et ambassadeur du Burkina Faso en france. En dehors de cela, je ne sais rien de lui donc je ne sais pas s’il est vraiment l’homme de la situation. Et s’il en est un, je pense que c’est le moment de faire vite parce que la crise a atteint un niveau inquiétant. Il faut qu’il s’entoure d’une équipe vraiment crédible, dynamique et qui ne voit pas ses intérêts particuliers en premier lieu. Tout va se jouer dans la composition du gouvernement. Il faut que ce gouvernement qui sera bien sûr piloté par Luc Adolphe Tiao soit en mesure de rapporter les vrais problèmes de la population au président Blaise Compaoré. En plus de cela, il faut qu’il y ait une grande confiance entre les deux parties à savoir le gouvernement et le président Blaise Compaoré. La priorité de ce nouveau premier ministre doit être le règlement du problème de la vie chère parce que tout est parti de là.

Nafissatou Djibo, Sécrétaire : "On attend de voir s’il pourra gérer la situation"

Je trouve que le présient du Faso a bien vu de nommer un nouveau premier ministre parce que cela va permettre d’apporter un souffle nouveau dans le pays. Luc Adolphe Tiao est un monsieur que je ne connais pas bien mais si Blaise Compaoré a pu le nommer premier ministre c’est qu’il est capable de résoudre la crise qui secoue le Burkina depuis quelques mois. En tout cas j’ai entendu parler de lui mais je ne l’ai jamais vu. On attend de voir s’il pourra gérer la situation. J’aimerais ajouter qu’il doit vraiment former un gouvernement dynamique et crédible s’il veux réussir la mission à lui confiée. La première mesure qu’il doit prendre, à mon avis, est le dédommagement le plus rapidement possible des commerçants qui ont été victimes des casses et des pillages des militaires

Karim Diarra, étudiant : "Le nouveau premier ministre doit nommer des ministres qui inspirent respect et confiance au peuple"

Le poste de premier ministre est un poste politique. Et quand on se réfère au cursus de Luc Adolphe Tiao on se rend compte qu’il n’est pas politique mais communicateur. Peut être qu’avec cette qualité de communicateur, il va pouvoir convaincre la population de ses projets. Sa première tâche sera la réconciliation des Burkinabè et pour cela, il lui faudra nommer des ministres qui inspirent confiance et respect au peuple. Car la tâche qui l’attend n’est pas chose facile et pour cela je pense qu’il a besoin du concours de tous les Burkinabè.

Yacouba Toubga, commercant : "Blaise Compaoré doit nommer des personnes aimées par le peuple"

Luc Adolphe Tiao est un monsieur que je connais très bien. C’est un monsieur qui inspire confiance et respect. Il n’est pas économiste et je pense que c’est la première fois que le président Blaise Compaoré nomme un communicateur à ce poste. Ce qui est une très bonne chose pour les commerçants et le peuple burkinabè. Je demande que les militaires fassent pardon car nous sommes tous des frères. Si ces derniers ont des revendications qu’ils les posent à la hiérarchie afin de trouver des solutions au lieu de s’attaquer à nous les commerçants. Au contraire nous devons nous aider mutuellement pour faire avancer ce pays. Sa priorité pour moi serait l’indemnisation des commerçants qui ont tout perdu dans les casses des militaires. Après la dissolution du gouvernement mon choix de premier ministre s’est porté sur Salif Diallo et Luc Adolphe Tiao ; je suis content que l’un d’eux ait été choisi. La nomination de Honoré Nabéré Traoré Comme chef d’état- major général des armées est aussi une très bonne chose car c’est également un monsieur simple. Avec ces deux personnalités, la crise sera résolue et je pense que le président doit dorénavant nommer des personnes que le peuple aime ; c’est cela qui est essentiel.

Alain Alain Woursarlé commerçant : "Je pensais que c’est Salif Diallo qui serait nommé"

Pour moi cette crise est la résultante des conséquences de la mauvaise gouvernance comme l’injustice, l’impunité et la misère du peuple. La nomination du nouveau premier ministre est une très bonne nouvelle. Mon voeu le plus cher est qu’il résolve les problèmes quotidiens des Burkinabè à savoir donner à manger au peuple. Pour cela, il devra travailler à diminuer les prix des produits de grande consommation afin que la majorité du peuple puisse y avoir accès. Car un peuple qui a faim est un peuple en colère . Nous les commerçants nous demandons la diminution des taxes. Sincèrement je pensais que c’est Salif Diallo qui serait nommé comme premier ministre.

Madame Dao, commerçante : "Je m’attendais plutôt à Salif Diallo"

Nomination de premier ministre ou pas, la population burkinabè veut la paix. Luc Adolphe Tiao, est un monsieur que je connais mais pas trop. Je sais qu’il est ambassadeur du Burkina Faso en France et que c’est un monsieur qui est très ouvert. Sa priorité doit être la satisfaction des besoins des commerçants qui ont vu tous leurs biens détruits. Je n’ai jamais pensé à lui comme premier ministre. Je m’attendais plutôt à Salif Diallo. Mais comme c’est un communicateur, je pense qu’il sera à la hauteur des attentes des Burkinabé et qu’il sera surtout en mesure de résoudre la crise actuelle.

Catherine Nadinga, étudiante 2e année de droit : "Je ne m’attendais vraiment pas à la nomination de Luc Adolphe Tiao"

J’attends que ce nouveau premier ministre en la personne de Luc Adolphe Tiao, résolve les problèmes des étudiants. Luc Adolphe Tiao n’est pas un économiste et n’a jamais été ministre, je pense qu’il saura gérer la crise par des méthodes qui lui sont propres . Je déplore les casses des militaires qui devraient plutôt nous protéger. L’une de ses priorités également sera l’indemnisation des commerçants. Je ne m’attendais vraiment pas à la nomination de Luc Adolphe Tiao , mais j’étais plutôt convaincu que le président allait changer de premier ministre. Je crois que ce n’est pas la peine de changer tout le gouvernement mais plutôt certains ministres parce qu’il y a certains d’entre eux qui sont dynamiques.

Isidore Yougbaré, étudiant en Lettre moderne : "Avec cette crise, il fallait un communicateur"

Je ne connais pas très bien le nouveau premier ministre, c’est plutôt à travers les médias que je l’ai un peu connu. Face à la crise actuelle je pense qu’il pourrait être l’homme de la situation d’autant plus que c’est un homme qui a fait sa spécialité en communication. Car avec cette crise il fallait un communicateur. Ce qu’il devra faire comme tâche sera de restaurer la confiance entre les gouvernants et le peuple. Sa priorité devra être la formation du nouveau gouvernement ou le 1/3 des membres de l’ancienne équipe doivent partir. Des ministères comme ceux des enseignements secondaire et supérieur, de la santé et bien d’autres ministères sont décriés et doivent pour cela subir un changement à leur tête.

Yannick SANKARA et Ambèternifa Crépin SOMDA (Stagiaire) - Le Pays

 

terça-feira, 19 de abril de 2011

O jornalismo guineense está amordaçado


Guiné-Bissau: Repórteres sem Fronteiras inquietados com situação de liberdade de imprensa
Fonte: Jornal Digital

A organização Repórteres sem Fronteiras disse estar alarmada pela decisão das autoridades de Bissau, tomada em Conselho de Ministros e anunciada a 15 de Abril de 2011, de suspender o jornal Última Hora. Esta medida vem na sequência da publicação, no dia 8 de Abril, na capa da edição do jornal, de um artigo intitulado «Nino Vieira, morto por soldados às ordens de António Indjai», artigo esse baseado num relatório do Departamento de Estado norte-americano.

Num comunicado de imprensa da delegação dos Repórteres sem Fronteiras em Bissau enviada à PNN, a organização condena os métodos «retrógrados» e as «medidas coercivas» tomadas pelo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e pelo Ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Comunicação Social, Adiatu Djaló Nandigna.

O Última Hora é acusado de «divulgar sistematicamente, talvez por encomenda, notícias que visam transmitir uma imagem distorcida da Guiné-Bissau e amesquinhar o desempenho do Governo», ao atribuir o assassínio do antigo Presidente João Bernardo «Nino» Vieira, morto em Março de 2009, ao actual Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai, nomeado pelo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior. O artigo fora acolhido com agastamento pelo Conselho de Ministros.

A organização Repórteres sem Fronteiras recorda que algumas rádios e outros meios de comunicação já foram silenciados pelas mesmas razões. Em 2002, a rádio Bombolom FM foi suspensa durante três meses na sequência de uma decisão precipitada do Ministro da Comunicação Social da altura.

Perante esta situação, disse esperar que o Governo vai reconsiderar a sua posição, colocando um ponto final às ameaças contra os órgãos de imprensa e os jornalistas. «Sem respeitar o trabalho de jornalistas, a Guiné-Bissau não poderá assumir-se como um Estado de direito e uma verdadeira democracia», diz a organização no comunicado.

Athizar Mendes Pereira, jornalista e actual director do Última Hora e ex-colaborador do Diário de Bissau, já fora detido em 2008, devido a artigos acusatórios para com as Forças Armadas do país.

Sumba Nansil/ PNN Portuguese News Network

Opinião

"Quem sêmea ventos colhe tempestade..." popular não é?

Um país só é verdadeiramente democrático se a Imprensa for LIVRE! Por isso, a decisão do governo guineense, tornado público através de um comunicado elaborado no último conselho de ministros, em que se pretende “suspender” as publicações do jornal “Última Hora” ao ser concretizado será, um atentado contra a Liberdade de Imprensa, e um crime contra a Liberdade de Expressão! E parecendo que não, estaremos a assistir uma manifestação de recalcamentos herdados do Partido Único.  

Os modos para qualificar esse ATO, caso seja efetivado não faltaram. Claro que não houve crime nenhum da parte do referido Jornal, se à acusação se resumir, na questão da publicação do relatório, emitido, por uma entidade oficial de um país terceiro, neste caso em particular, os EUA. Como se pode acusar de manipulação da imagem do país, quem revela fatos reais. Quem dá má imagem do país, é aquele que tenta manipular a realidade, ou toma decisões descabidas. E perante esta atitude inqualificável do governo, cujo adjetivos ou advérbios não faltam, temos sinais claro de contágio, com o regime mais musculado. Quem tem sido ultimamente o tutor na área da Comunicação Social, do governo guineense. Serão os angolanos? Alias esta tomada de decisão, só pode ser prova de que, estão à aprender muito rapidamente à lição. Ou seja, já se quer mostrar trabalho. Pronto! Só que escolheram  pior via, de todas. Onde já se viu, suspender à publicação através de medidas administrativas. Tenham dó!!!   

Intromissão, Ingerência, Vergonhoso, Autoritário, Castrador, Incorrecto, Grosseiro, Malfeito, Ordinário, Despótico, etc, etc, etc… serão palavras aceites para criticar o governo guineense, caso leve adiante essa pretensão. Poderá escolher outro caminho. Por isso, se ainda não foi formulada, seria bom que se recorra às vias legais e, democraticamente aceites, para contrapor. Aos jornalistas guineenses, deixo apenas estas palavras: Firmeza e Coragem nas vossas ações. Temos das profissões mais nobres da nossa sociedade, ao sermos os guardiões da moralidade Pública e o compromisso com à Verdade. E digo-lhes mais:  Bom Combate, mal começou. Que tal se pedir ao governo que atualize à Lei de Imprensa que isso sim seria um bom serviço prestado a boa Imagem do País. Que remodele o governo, como já prometeu milhentas vezes, e nos poupe, dos governantes Analfabetos ativos e inativos! 

Haja Liberdade na Guiné-Bissau!